terça-feira, 1 de outubro de 2013

Diverticulite: o que é e como evitar Conheça os sintomas e veja como uma boa alimentação pode ajudar a prevenir o problema


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Foto: Thinkstock
Você já ouviu falar em diverticulite? A doença se desenvolve na parede interna do intestino, e pode causar muito desconforto. Trata-se de uma inflamação e infecção dos divertículos, que são como pequenas bolhas que aparecem o intestino grosso ao longo da vida.
A presença dessas saliências no formato de bolsas no trato gastrointestinal caracteriza uma condição conhecida como diverticulose, e é bastante comum: atinge cerca de 60% da população com 60 anos e aumenta progressivamente.
Segundo o Dr. Sidney Klajner, gastroenterologista do Hospital Albert Einstein, a presença de divertículos não necessariamente constitui uma doença, mas algumas pessoas desenvolvem uma complicação que ocorre quando estes cistos ficam infeccionados, a diverticulite.
A diverticulose pode causar cólicas, inchaço e desconforto da parte inferior do abdome. Já no caso do desenvolvimento da diverticulite, a inflamação pode apresentar sintomas ainda mais graves, como sensibilidade na parte inferior do abdome, gases, febre, náusea, vômito e perda de apetite.

Causas da diverticulite

O problema tem maior incidência em idosos, e está relacionada ao envelhecimento e perda da elasticidade do intestino. “Geralmente, os divertículos são para o intestino como as rugas são para a face: conforme a idade avança, tornam-se mais frequentes”, explica o Dr. Sidney. No entanto, a doença tem aparecido com cada vez mais incidência em pessoas jovens, e uma das causas são os hábitos alimentares.
Além da predisposição genética, uma dieta pobre em fibras pode ocasionar estes problemas intestinais. Isto porque alimentos processados, como o arroz branco, pão branco ou bolachas tipo água e sal em excesso podem causar constipação e fezes muito duras, que exigem um esforço muito grande dos intestinos. A condição pode levar à formação dos cistos e aumentar a chance de outros problemas no trato intestinal.

Diagnóstico

Segundo o especialista, a diverticulose costuma ser diagnosticada em exames como a colonoscopia preventiva, que deve ser feita aos 50 anos e examina todo o comprimento do cólon. Já para a diverticulite, em geral são pedidos exames de sangue e, em alguns casos, tomografia computadorizada, ultrassom ou radiografias do abdome.

Tratamento

O tratamento depende da gravidade de cada caso, por isso, é sempre importante consultar um médico. Segundo Klajner, na maioria dos casos, o controle é clínico e pode ser feito através de dietas em antibióticos. Mas, em situações mais graves, quando há perfuração, o problema pode exigir até intervenção cirúrgica.

Como prevenir e evitar a diverticulite

Por sorte, muitas vezes os problemas de diverticulose e diverticulite podem ser evitados com algumas mudanças na alimentação. Uma das principais recomendações é incluir na dieta alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, legumes, cereais e grãos. Além disso, é sempre recomendável trocar os alimentos processados por integrais.
Isto porque as fibras aumentam o volume fecal e evitam problemas como a prisão de ventre. Elas também têm outros benefícios à saúde, aumentam a saciedade e têm a capacidade de absorver açúcares e até o colesterol.
Para garantir a saúde intestinal, confira abaixo algumas opções de alimentos ricos em fibras e procure incluí-los na sua dieta.
Frutas: Mamão, Pera, Ameixa, Laranja, Pêssego, Uva-passa, Figo, Damasco;
Verduras: Alface, couve, rúcula, acelga, agrião, aipo, escarola, espinafre, nabo;
Legumes: Abóbora, cenoura e beterraba;
Cereais: Gérmen de trigo, aveia, granola;
Grãos: Feijão, grão de bico, lentilha.
Além disso, é importante sempre se hidratar, procurando consumir ao menos 2l de água por dia. Estar hidratado é essencial para que as fibras cumpram o seu dever no intestino, ajudando na digestão. Cuide-se.

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